quinta-feira, 30 de abril de 2015

Indicando series: Sons of Anarchy


 Assisti Sons of Anarchy pela primeira vez no começo de 2014, e já revi a serie umas 3 vezes desde então. Meu apego e minha fascinação por essa história é tamanha, que resolvi falar um pouco sobre ela aqui no blog.

 A trama acompanha a vida de um clube de motociclistas conhecidos como Sons of Anarchy, localizado em Charming, uma cidade fictícia do norte da Califórnia.

 O protagonista é Jackson Teller, atual vice-líder da facção, e filho do principal fundador do clube que morreu em um acidente de moto quando ele ainda era apenas um garoto. Sua mãe, Gemma Teller, é casada com Clarence Morrow, o atual lider da gangue e melhor amigo do pai falecido de Jackson.

 O enredo segue uma linha de séries policias padrões e tem uma profundidade no drama familiar. Jax, como é conhecido, tem uma ex-mulher, viciada em drogas que está grávida e tem que conciliar isso com sua vida de crimes pelo clube que tanto ama. Os Sons estão envolvido com o tráfico de armas em todo o oeste dos Estados Unidos e lida com muitas gangues rivais, políticos e outras autoridades locais.

 A série nos mostra uma nova visão de todas as coisas, aplicando o lado dos bandidos ou anti-heróis. Me questionei muitas vezes sobre o comportamento e decisões que os personagens tomavam no decorrer da série e, apesar de certas brutalidades, é inegável como tudo parece bastante real. Humanos fazem o possível para proteger aquilo que julgam ser certo, muitas vezes nem pensando se realmente é correto ou não.

 A amizade entre todos os membros dos clube é muito forte e todos os integrantes têm um carisma tremendo, tornando impossível não criar apego a todos os personagens. A série consegue te passar uma sensação de injustiça tremenda, por muitas vezes te fazendo acreditar que algo completamente diferente irá acontecer nos dando uma surpresa arrasadora no final.

 Como Vice-Presidente do clube, Jax busca honrar o legado deixado pelo seu pai. Apesar do apego que se cria pelo personagem é impossível não ver a brutalidade da vida que ele leva e como isso vai mudando bastante a cabeça e a personalidade do protagonista. Ele começa a história como um jovem que não sabia como lidar com a ideia de ser pai e com o tempo, termina como um homem disposto a fazer de tudo para proteger quem ama e resolver as coisas para seu clube.

 Jax é rodeado de mentiras recorrentes por toda a parte e esse é um tema bastante presente na série, e importantíssimo para a trama principal e para os acontecimentos pequenos.

 Os episódios fluem bem. Apesar do começo ser meio parado, o desfecho da primeira temporada é incrível, da segunda em diante, a série é completamente empolgante, me fazendo ficar horas e mais horas assistindo vários episódios seguidos.

 A escolha dos atores foi ótima e todos representam muito bem. Me emocionei muito em vários episódios. As traições, vínculos quebrados, tragédias e injustiças e como cada ator consegue representar bem em cima disso, só mostra que o elenco foi perfeitamente escolhido e não decepciona no resultado, não apenas os principais como também os personagens secundários e antagonistas.

 Foi uma série que não consegui esquecer e tive que rever outras vezes e continuarei revendo com o tempo. Me emocionei, e me divertir com as 7 temporadas de Sons of Anarchy e recomendo a todos que estiverem atrás de uma serie boa pra assistir.





Informações adicionais:



First 9 fundadores:

Membros originais (First 9)

John Teller e Piermont "Piney" Winston, co-fundador de SAMCRO, em 1967, após o seu regresso da Guerra do Vietnã. O primeiro charter foi chamado de "Redwood" porque antes Gemma, a esposa de John, ficou grávida de seu primeiro filho, Jackson (Jax), e estabeleceu-se em Charming, cidade natal de Gemma, que cruzou a costa norte da Califórnia de Eureka a Big Sur, pela redwood country, por isso chamou o charter de Redwood Originals, daí a SAMCRO (Sons of Anarchy Motorcycle Club Redwood original). Seis dos "Redwood Original 9" membros eram veteranos do Vietnã.

Os First 9 são: John Teller, Clarence Morrow, Piermont Winston, Keith McGee, Lenny Janowitz, Wally Grazer, Thomas "Tio Tom" Whitney, Chico Vellenueva, Otto 'L'il assassino Moran.



O clube:


 Atualmente, os membros do clube têm trabalhos em empresas locais; a maior parte do trabalho é na oficina Teller-Morrow, como mecânicos, mas eles fazem dinheiro principalmente por tráfico ilegal de armas, modificando e vendendo para várias gangues, e fazem proteção para as empresas locais, protegendo caminhões com mercadorias valiosas. Também fazem transporte de drogas, tentando não serem confundidos com traficantes propriamente ditos.

No começo da série os principais inimigos sãos os Mayans MC, no decorrer da série eles criam novos e os Mayans ficam em segundo plano.



Mais informações:

 

  

Influências:

 Muitos dizem que William Shakespeare foi de extrema influência para a história da série e comparam o enredo com Hamlet. Eu pessoalmente não conheço muito sobre esse romance, mas pelo o que sei, sobre o drama emocional do protagonista e toda a traição e transformação pela qual o personagem passa, posso dizer que tem sim muita semelhança entra as duas.

"Eu não quero exagerar isso, mas ele está lá. Ele era o pai de Jax que começou o clube, por isso ele é o fantasma na ação. Você quer saber o que ele teria feito e da maneira como ele teria feito. Não é uma versão de Hamlet, mas é definitivamente influenciado por ele." - Kurt Sutter autor da serie.



Informação geral:

 
Autor: Kurt Sutter

Duração dos episodios: 50 min. (aproximadamente)
Estado: Finalizada
Gênero:  Drama, crime
Produtor(es) executivo(s): Kurt Sutter, John Linson, Art Linson
James D. Parriott
Distribuída por: Fox Entertainment Television
Elenco principal: Charlie Hunnam, Ron Perlman, Katey Sagal, Mark Boone Jr., Dayton Callie, Kim Coates, Tommy Flanagan, Ryan Hurst, Johnny Lewis, William Lucking,Theo Rossi, Maggie Siff.
Tema de abertura: "This Life" Curtis Stigers & The Forest Rangers





Sinopse: 
“Sons of Anarchy – Os Indomáveis”, uma série carregada de adrenalina com toques de comédia sobre um clube de motociclistas fora-da-lei que defendem sua pequena cidade das ameaças de traficantes, das investidas das grandes empresas e dos abusos das autoridades locais. Com o mesmo vigor, eles brigam para manter seu cruel e ilegal comércio de armas.

                                       
                                          Escrito por: Ilian Martins

terça-feira, 28 de abril de 2015

Resenha: Battle Royale - Koushun Takami


 Battle Royale se passa em um pais totalitário situado na Ásia, chamado de República da Grande Ásia Oriental. Apesar de poder ser considerado uma distopia, a narrativa acontece na época em que o livro foi escrito, 1997, diferentemente das distopias convencionais que se passa num futuro incerto, mas não muito distante.

 Portanto, é um livro bem diferente, diferente no estilo japonês. É uma nação próspera e está entre as mais ricas do mundo, mas está mascarado por mentiras e opressão. O governo faz o que quer e a população não se opõe; uma das causas disso se deve ao Programa, que tem o principal objetivo de mostrar às pessoas que não podem confiar em absolutamente ninguém. Esse Programa, que dá o nome ao livro, Battle Royale, é basicamente, uma matança sem sentido: todos os anos uma turma do 9ª ano é sorteado ao redor do país e levada a um lugar isolado e que foi evacuada para a realização do Programa. O jogo so termina quando apenas um sobrevive, após ter uma carnificina.

 Se você tem o mínimo conhecimento literário, deve ter relacionado Battle Royale com Jogos Vorazes. "País totalitário", "um jogo que so termina quando um sobrevive". Mas as semelhanças param por aí.

 Battle Royale é bem mais cruel, o jogo tem as mínimas regras para que não tenha vazamento algum. Todos os estudantes têm uma coleira que além de mostrar sua localização, os "organizadores" do jogo podem explodir suas cabeças quando quiserem e também quando estiverem em um quadrante proibido.

 Outra grande diferença entre Battle Royale e Jogos Vorazes é que há quadrantes proibidos. O lugar onde é realizado o Programa é dividido em quadrantes e alguns se tornam proibidos, fazendo com que eles se aproximem mais e mais da morte.

 A autora americana, Suzanne Collins, escritora de Jogos Vorazes afirmou que nem mesmo conhecia a obra japonesa durante a construção de seu livro. Koushun Takami não quis processar Collins.

 Algo muito marcante em BR (Battle Royale) é que o autor narra as dezenas de mortes que ocorre, não omitindo nenhuma e narra com riqueza de detalhes. Outra coisa é que ele mostra os vários tipos de "monstros" em que um humano pode se transformar quando lhe são dadas armas e chances.

 Para incitar mais ainda as mortes, todos os estudantes recebem um kit de sobrevivência com água e, o mais importante, uma arma que pode variar de uma metralhadora a um garfo. Sim, um garfo de cozinha.

 Tem vários personagens excêntricos, um deles é o responsável pelo Programa, Kinpatsu Shogo, que é daqueles que parecem mais velhos do que são; Noriko, a típica princesinha, dentre outros.

 Pouco tempo depois que o livro foi publicado, surpreendeu e vendeu tanto, que foi feito um filme, muito elogiado pela crítica. Porém, eu não gostei dessa adaptação, fugiu muito do enredo e houve tantas modificações que não deu para deixar passar. Além do livro e do filme, também há um mangá. Aqui no Brasil, foi dividido em 15 volumes. Ainda não tive o prazer de lê-los.

 Koushun Takami é, infelizmente, mais um daqueles autores que escreveu apenas um livro e depois não publicou mais nada. Até agora, Battle Royale é sua primeira e única obra.

 A Editora Globo, responsável ela publicação do livro no brasil, fez um trabalho incrível. BR só chegou aqui ano passado, quinze anos após o Japão. Nas contra capas têm o mapa da ilha em que foi realizado o Programa, os quadrantes divididos, e os horários que os tornarão proibidos, nas duas contra-capas, já que o livro tem quase 700 páginas. A capa é linda, com relevos dos quadrantes e até os nomes dos estudantes.

 Battle Royale envolve críticas sociais, as varias facetas do seu humano, brutalidade e muito mais. Um dos livros que mais gostei. É do tipo impactante que chega a nos deixar perplexo. Apesar de ser um livro bem grande, a narrativa flui bem, pode até cansar em alguns momentos, apenas nos momentos em que a vida dos personagens é contado, mas é totalmente necessário.

 É um dos meus livros preferidos, sempre vou me recordar dele e pretendo ler e reler muitas vezes.

 Boa leitura!





Informações adicionais:





Sobre o autor:

Koshun Takami  é um autor japonês e jornalista. Mais conhecido por seu romance Battle Royale(1999), que mais tarde foi adaptado em dois filmes live-action, dirigido por Kinji Fukasaku, e três séries de mangá .

Takami nasceu Hiroharu Takami em 10 de janeiro 1969, em Amagasaki, Hyogo Prefecture perto de Osaka e cresceu na Prefeitura Kagawa, de Shikoku . Depois de se formar na Osaka University com uma licenciatura em literatura, ele saiu da Nihon University 's artes liberais programa de curso por correspondência. De 1991 a 1996, ele trabalhou para a empresa de notícias Shikoku Shimbun, elaborando relatórios sobre vários campos, incluindo política, relatórios policiais, e economia.




Sobre o livro:


Título: Battle Royale
Idioma original: Japonês
Editora: Editora Globo
Tipo de capa: Brochura
Tema: Juvenil
Páginas: 664
ISBN: 9788525056122



                                           Escrito por: Moreira Duarte

Ninguém

Muito prazer, meu nome é ninguém.
Eu venho do nada, e estou indo pra lugar nenhum.
Sou órfão, criado pela vida, e esquecido por todos.
Acredito em mim, mais do que qualquer outra coisa.
Adoro o vazio, e sou apegado a solidão.
Tenho amor às causas perdidas, e me dou o luxo a miséria.
Eu moro em você, e em todas as pessoas.
Mais você não me conhece afinal eu sou só eu, apenas ninguém.
O vazio é minha morada favorita, é onde eu guardo minhas lembranças.
Nunca se esqueça de quem eu sou, e uma vez ou outra grite ao mundo: ‘Ninguém existe, e ele se sente sozinho, venha ajudar ninguém,
seja amigo de ninguém, ame ninguém, faça dele alguém!'
                                                                               - Ilian Martins

Um grito no vácuo

Sentado encostado em uma parede no escuro. É assim que me sinto.
Vulnerável, sem saber o que está acontecendo ao meu redor.
Cego, sem poder enxergar nada.
Perdido, criando limites que não existem.
Tudo o que me resta, tudo que eu tenho neste momento, é a imaginação.
Isso pode me matar, me fazer inventar o surreal, me enlouquecer. Porém, com ela, posso imaginar que estou no Paraíso, além desse lugar horrível.
Eu posso escolher.
Só cabe a mim. Preciso me permitir.
                                                                                    - Moreira Duarte

domingo, 26 de abril de 2015

Promessa divina

Estou ligado por fios invisíveis a um jogo de azar, com o destino me controlando a um abismo, onde serei enforcado pelos meus próprios fios invisíveis.
A vida é apenas uma promessa, da mente sádica de um profeta, que prometeu algo que não entendia.
                                                                    - Ilian Martins

Hipocrisia verdadeira

Sorrio, ao mesmo tempo que, por dentro, minha alma está corroendo; triste.
Mordo minha língua para não falar o que penso.
Me machuco para que o que eu sinto não transpareça.
Minto para não ter que explicar.
Erro, mas não peço ajuda.
Digo que não preciso de ninguém.
Ja meu corpo e a minha mente dizem o contrario: "nos ajude!"
                                                                        - Moreira Duarte

Esqueceu?

Diga meu nome, repita como um comunicado perene. Diga ele mil vezes, diga até se tornar cansativo, e então pare. Em momentos compassivos de minutos em minutos e segundos por segundos, se abstenha. Depois retorne a dizê-lo. Grite meu nome. Quando não puder mais alcançá-lo, pare, então dessa vez o esqueça.
                                                                                - Ilian Martins

sábado, 25 de abril de 2015

Resenha: O Menino do Pijama Listrado - John Boyne


  O drama de Bruno tem início logo no comecinho do livro. Após chegar em casa, ele se depara com a notícia de que toda a sua família terá de sair da capital da Alemanha, Berlim, e se mudar para o interior para acompanhar seu pai que é militar. A casa de Berlim que é gigantesca, típica da elite militar alemã, é um lugar perfeito para as aventuras de uma criança; possibilita a Bruno novas descobertas diárias.


 Ao chegar na casa nova, que ele e sua irmã, Gretel, chamam de Haja-Vista e, diferentemente, da casa de Berlim, o seu novo lar é muito menor e dificulta as aventuras de Bruno, que quer se um "explorador".
 Por conta disso, ele resolve explorar aquele lugar desconhecido. Depois de algum tempo procurando, ele encontra uma cerca, atrás dessa cerca, um menino muito diferente dele, mas não demora muito para que façam amizade, mesmo havendo uma barreira os impedindo.
Na janela do quarto de Bruno pode se ver um lugar ao longe, onde há um lugar em que todos usam pijamas listrados, Bruno acredita que seja uma fazenda. Mas na verdade é um campo de concentração.

 O que mais chama a atenção é a ingenuidade de Bruno que John Boyne consegue transmitir ao leitor que, em nenhum momento, oscila. Permanece até o último instante com aquele final surpreendente e aterrador.

 A capa é muito bonita e criativa, assim como os pijamas dos judeus, e o título, é listrada. Simples e subentendido. Além de tudo, tem uma textura um pouco áspera que, pessoalmente, é muito agradável de tatear.
É um livro curto, com acontecimentos rápidos. Os principais acontecimentos que um garoto de 9 anos pode ter.

 A Segunda Guerra Mundial e o nazismo são constantemente narrados em livros, mas não é muito comum ser retratado a história na visão de uma criança no meio de brutalidades que ocorreram nessa época sombria. O que também me surpreende foi por ter o ponto de vista de uma criança alemã que, naturalmente, era indiferente daquilo tudo e não sabia do que realmente aquilo tudo se tratava, mas que no final, mesmo sem entender nada, caiu sobre os ombros dele. Ah, e uma amizade totalmente diferente. Um judeu e um "mini nazista". Seus mundos eram divergentes um do outro sem saberem o porquê, mas a amizade deles fora mais forte que qualquer coisa.
Este livro me emocionou muito. É uma estória que levarei sempre comigo.
Recomendo.

 Boa leitura!




Cinema:


O livro ganhou uma adaptação em 2008
para o cinema com Asa Butterfield
interpretando  Bruno.


 Foi rodada pela Heyday/Miramar, em Budapeste, entre abril e julho de 2007. O filme tem como atores principais David Thewlis, Vera Farmiga, Rupert Friend, Asa Butterfield e Sheila Hancock. Também ganhou um Oscar de melhor filme dramático

 A adaptação cinematográfica d'O Menino do Pijama Listrado é uma das poucas que eu não me arrependi depois de assisti-la. A atuação de Asa Butterfield como Bruno é incrível, eu não conseguiria indicar outro ator para interpretá-lo. É claro que tem algumas mudanças, coisas que foram retiradas ou colocadas, mas entendo que foram necessárias para a adaptação. A premissa inicial do livro permaneceu apesar disso.





Informações adicionais:




Sobre o autor:




 John Boyne nasceu na Irlanda, em 1971, e mora em Dublin. Escreveu diversos romances que já foram traduzidos para mais de quarenta idiomas. Seu livro mais célebre, O menino do pijama listrado (2007), lhe rendeu dois Irish Book Awards, vendeu mais de 5 milhões de exemplares pelo mundo e foi adaptado para o cinema
em 2008.




Sobre o livro:



Autor: John Boyne
Idioma original: Inglês
Titulo original: The Boy in the Striped Pyjamas
Tradução: Augusto Pacheco Calil
Gênero: Juvenil
Paginas: 176
ISBN: 038-57-5106-0



                                              Escrito por: Moreira Duarte

JOKER!!!

 Aniversario do meu vilão favorito nos quadrinhos, sim ele mesmo, Coringa!

 O palhaço mais amado e mais odiado de todos os tempos faz 75 anos desde sua primeira aparição na revista Batman #1 (1940).
Conrad Veidt  Inspiração pra criação de Joker


 O Joker foi desenhado por Bob Kane a partir de uma carta de baralho trazida pelo Arte-finalista Jerry Robinson e uma foto de Conrad Veidt no filme "The Man Who Laughs" (1928) trazida pelo roteirista Bill Finger. A partir disso, Kane e Finger desenvolveram o personagem.




 Psicótico e insano, coringa é sem duvidas um dos personagens mais famosos dos quadrinhos. São raros os vilões que conseguem popularidade como ele. Sua aparência é similar a um palhaço, de cabelos verdes, pele branca e boca vermelha sempre sorridente, que constantemente desafia o Homem-Morcego lhe provocando grandes traumas como deixar paralítica a Batgirl Barbara Gordon e matar o Robin Jason Todd, além da esposa do Comissário Gordon.
 O Coringa é basicamente um humano comum, sem nenhuma capacidade sobre-humana,e até um tanto limitado fisicamente. Porém, apesar disso tudo, ainda que profundamente enlouquecido e desequilibrado, o vilão apresenta inteligência e estrategismo a nível genial. Além de ter grandes conhecimentos em química e outras ciências, ele possui uma considerável quantia em dinheiro, produto acumulado de seus arrojados crimes.

 O personagem tem um carisma altíssimo e te conquista fácil em todas as historias que aparece, é um personagem que se tem prazer em odiar.
 Um vilão essencial para as historias do Batman, fazendo muitas vezes um contra ponto com a personalidade do herói.

 

 

 

 Cinema e televisão:

O vilão ja fez aparições em diversos lugares como em longas animados, desenhos e filmes.

Cesar Romero
Como Coringa (1960)




 No seriado dos anos 1960, Cesar Romero interpretou o Coringa, em uma versão cômica, mas não homicida. Seus planos inusitados incluíam transformar os reservatórios de água de Gotham em gelatina. Romero recusou-se a raspar o bigode para o seriado, sendo parcialmente vísivel sob a maquiagem branca.










 Jack nicholson
Como coringa (1989)
 Em Batman, de 1989, dirigido por Tim Burton, Jack Nicholson interpretou o Coringa com grande aclamação crítica.O filme criou uma identidade, Jack Napier, colaborador do chefe da Máfia de Gotham, Carl Grissom. Eckhardt, um policial corrupto (como muitos em Gotham), a mando de Grissom, arma uma emboscada para Napier durante um assalto às Indústrias Axis. Enfurecido após descobrir a armação, Napier mata Eckhardt, mas, quando tenta atirar em Batman (que na ocasião ainda era desconhecido da polícia e da mídia de Gotham), a bala ricocheteia na armadura do Homem-Morcego e destroça o vidro do contador de um dos tanques, produzindo estilhaços que acertam em cheio as suas próprias bochechas. Gritando de dor e desorientado, ele cai acidentalmente em um tonel de resíduos químicos.





Heath Ledger
 Como coringa (2008)
Em The Dark Knight, de 2008, também dirigido por Nolan, é introduzida uma nova versão do personagem, interpretada por Heath Ledger (que faleceu com apenas 28 anos em Janeiro de 2008, vitimado por uma overdose de tranquilizantes, antes mesmo da estréia do filme). Este novo Coringa possui um visual mais realista, psicótico e sombrio, com apenas o rosto maquiado (ao contrário de todas as demais versões, nas quais toda a pele de seu corpo é branca), cabelos mais longos que os da versão "clássica", tingidos de verde, além de um sorriso construído com cicatrizes. A origem das mesmas não fica bem clara no filme, pois o próprio Coringa apresenta duas versões para o seu surgimento.







 Novidade sobre o personagem:




 Coringa estará no filme Esquadrão Suicida, que tem lançamento agendado para agosto de 2016.
 O diretor do filme David Ayer, liberou ontem a noite uma foto o ator Jared Leto, caracterizado como o Coringa.

 A pose que o ator está fazendo é ligada diretamente ao clássico, escrita por Alan Moore e desenhada por Brian Bolland, Batman – A Piada Mortal, na minha humilde opinião uma das melhores Historias em Quadrinhos de todos os tempos. O visual mostra o Palhaço do Crime com um físico malhado e cheio de tatuagens parecido com o da historia, All Star Batman & Robin criado por Frank Miller e Jim Lee.

Estou ansioso pela atuação do ator como o personagem, o visual não era bem o que eu esperava, mas ainda assim estou aguardado com bastante entusiasmo pelo filme.








Monologo do personagem:


"Memorias podem ser vis... Repulsivas e brutais.... Como crianças eu suponho! Mas podemos viver sem elas? A razão se sustenta nelas. Não encarar as memorias é o mesmo que negar a razão! Mas e dai? Quem nos obriga a ser racionais? Não a clausula de sanidade! Assim, quando você estiver dentro de um desagradável trem de recordações... Seguindo para lugares do seu passado onde o grito é insuportável... Lembre-se sempre há, loucura. Você só precisa dar um passo para traz e fechar a porta com todas aquelas coisas horríveis presas lá dentro. A loucura é a saída de emergência!!"




                                            Escrito por: Ilian Martins

sexta-feira, 24 de abril de 2015

Moribundos

Morte.
Sinto cheiro de morte.
Ela impregna em minha pele.
Gruda
Envolve-me.
Não posso.
Não consigo mais fugir.
Minha vida escorregou entre meus dedos.
Ela se foi. Se foi para sempre.
                                                    - Moreira Duarte

quarta-feira, 22 de abril de 2015

Resenha: Misto Quente - Charles Bukowski




Procurei por uma palavra que me ajudasse a descrever facilmente o que era Misto Quente, a única que me coube melhor foi "real". Essa é a melhor definição que eu poderia dar a este livro.

 Sempre fui fascinado pela natureza dura e pela crueza com que Charles Bukowski escrevia. Conheci seus poemas e crônicas, e logo me tornei um grande admirador do seu trabalho. Mas Misto Quente foi o primeiro de seus livros que tive o prazer de ler.



 É o quarto romance escrito por Bukowski, foi publicado em 1982 pela editora Black Sparrow Books nos Estados Unidos e chegou ao Brasil em 2005 pela L&PM Editores.

 Considerada por muitos a obra prima do autor e, sem dúvidas, é um de seus livros de maior destaque.



 O livro narra a infância e a juventude do alter ego de Bukowski, Henry Chinaski, um garoto pobre de origem alemã que foi levado ainda muito jovem aos Estados Unidos por seu pai, com o intuito de melhoria de vida.

 Henry, durante a infância, era um garoto comum, muito calado e observador, não tinha amigos; não lhe era permitido pelo pai brincar com ninguém. Ao longo de seu crescimento o garoto leva  uma vida quieta, ao mesmo tempo que, no fundo, sempre teve um grande senso de questionar tudo que o rodeava.

 Henry se vê cercado e tendo de enfrentar o mundo a sua volta. Um mundo onde ele sofria represárias por todos os alunos de sua escola, onde não lhe era permitido amizades, e onde tinha de conviver com um pai autoritário que lhe aplicava surras quase que constantemente, por motivos que muitas vezes não era nem mesmo relevantes, ou que não eram entendido por ele. Sua mãe não era diferente. Não o defendia, uma mulher completamente submissa ao marido psicopata.

 Passa por um grave problema de espinhas que marca sua adolescência ainda mais, o fazendo se sentir diferente de todos, muitas vezes sentido vergonha de si mesmo. A doença o marca não so superficialmente, mas também marca o caráter de Chinaski, e vemos isso sendo agravado no decorrer do livro.Henry odeia as pessoas, odeia o mundo em que vive e logo encontra duas das coisas que tornariam essa existência minimamente suportável: a bebida e os livros.

 O garoto cresce e se torna um homem, mas sempre sendo seguido de perto por um sentimento de ódio, num mundo repleto de pessoas que o desprezavam, que não o aceitavam. Mas Henry é e sempre foi esperto demais. Um vagabundo. Começa a escrever contos e acaba sendo expulso de casa quando seu pai lê alguns de seus trabalhos.

 Fora de casa, começa uma vida de vadiagem, vivendo do dinheiro que ganhava em jogos e fazendo favores, morando em pensões e cortiços. Fazendo daquele ambiente de bebedeira, brigas e confusão, um lugar onde finalmente poderia encontrar o que buscava.

 Uma história que me prendeu até o último momento, um estilo de escrita sujo, sádico, depravado e completamente verdadeiro. Me identifiquei em muitos momentos com Henry e com seus questionamentos e anseios. Uma obra bastante comovente e, apesar de sua linguagem direta e coloquial, é um grande clássico literário. Um dos meus livros favoritos e uma obra que ficará para sempre marcada na minha vida.
"Quem não leu misto quente não leu Bukowski."
 Sugiro a todos que tem interesse em conhecer mais sobre o Velho Safado, e também para qualquer um que estiver em busca de um livro inspirador.


Boa Leitura!





Informações adicionais:

 

 

Sobre o autor:



Henry Charles Bukowski Jr, nasceu em Andernach, na Alemanha, a 16 de agosto de 1920, filho de um soldado americano e de uma jovem alemã. Aos três anos de idade, foi levado aos Estados Unidos pelos pais. Criou-se em meio à pobreza de Los Angeles, cidade onde morou por cinquenta anos, escrevendo e embriagando-se. Publicou seu primeiro conto em 1944, aos 24 anos de idade. Só aos 35 anos é que começou a publicar poesias. Foi internado diversas vezes com crises de hemorragia e outras disfunções geradas pelo abuso do álcool e do cigarro. Durante a vida, ganhou certa notoriedade com contos publicados pelos jornais alternativos Open City e Nola Express, mas precisou buscar outros meios de sustento: trabalhou 14 anos nos Correios. Casou, se separou e teve uma filha. É considerado o último escritor “maldito” da literatura norte-americana, uma espécie de autor beat honorário, embora nunca tenha se associado com outros representantes beat, como Jack Kerouac e Allen Ginsberg.

Sua literatura é de caráter extremamente autobiográfico, e nela abundam temas e personagens marginais, como prostitutas, sexo, alcoolismo, ressacas, corridas de cavalos, pessoas miseráveis e experiências escatoló­gicas. De estilo extremamente livre e imediatista, na obra de Bukowski não transparecem demasiadas preocupações estruturais. Dotado de um senso de humor ferino, auto-irônico e cáustico, ele foi comparado a Henry Miller, Louis-Ferdinand Céline e Ernest Hemingway.

 

 

 

Sobre o livro:

Autor: Charles Bukowski
Idioma original: Inglês
Titulo original: HAM ON RYE
Tradução: Pedro Gonzaga
Gênero: Realismo sujo, Romance
Literatura moderna internacional
Paginas: 320
ISBN: 8525414654


                                                  Escrito por: Ilian Martins

Solitário Crônico

Me apeguei à solidão. Ela pode até me esmurrar, me chutar, me apedrejar. Não a largarei. Sei que um dia ela vai me abandonar de vez. Talvez eu faça isso. Ou esse dia jamais chegará. A solidão faz parte de mim. Criei vínculos com ela. Não a quero longe.
                                                                                       - Moreira Duarte

domingo, 19 de abril de 2015

Maria

O que faz, Maria?
Por onde anda e o que tem feito?
As brincadeiras de menina e o pudor simplório de mulher, ainda é parte do teu jeito?
O que acontece Maria, de tu não tenho noticias, da ideias marcantes e pensamentos singelos, não te reconheço nem vejo, nem escuto mais as razões.
Por onde tem andado, Maria? Onde se esconde?
Acho que na memoria, na fantasia e na esperança, se esconde num sonho que so ela alcança.
Maria sempre foi sonhadora, e tão triste, sim Maria sempre foi triste...
E eu que fui vivendo não te acho mais, e as palavras vazias que nem me cabem mais, sussurros abafado por pensamento, grito vazio e lamentos.
A sensação de agonia, solidão e a tristeza que ela traz. Volta pra nós Maria, volta pra nós.
Por onde anda menina, o que tu faz Maria?
o que tu faz?
                                                                      - Ilian Martins

Achei o que achar

Acho que não
Acho que sim
Não acho nada
Acho que a certeza não existe
Nunca existiu
Jamais existirá
Não para mim
Acho que achar é melhor
O melhor é achar
Acho que não sei o que achar.
                        - Moreira Duarte

Atuações

É que no filme da vida o herói é um farsante, a mocinha esta morta, o vilão é um mesquinho, os antagonistas uns medrosos, os figurantes bobalhões, o roteirista é um maluco, os produtores estão assustados, o diretor esta perdido, é esse o filme da vida, onde o publico da risada da confusão desenfreada e todo o caos dentro do sete, no filme da vida a historia esta perdida, os personagens são fracassados, e eu sou apenas o duble que assiste tudo atrás das câmeras esperando meu momento de entrar em cena e pular de cabeça no chão, é tudo que eu sei fazer, nesse filme idiota que se chama vida.                                                                                                                                    - Ilian Martins

Entendimento

Haverá um dia em que lutarei até a morte contra todas as minhas faces.
Nesse dia morrerei, mesmo que vença. Jamais poderei me livrar de mim mesmo. Não compreendo a lucidez, me tornei inconstante e apegado aos devaneios. Foi por acaso que me tornei tudo isso, tenho um caso de extrema afeição pela loucura. Um mergulho profundo no rio raso da complacência, apenas mais um estranho e confuso caso de amor.
                                                                                  - Ilian Martins

Fragilidades do incognoscível

Sigo os passos da impossibilidade acreditando apenas no que vejo.
Avisto umas luz no fim do túnel. É apenas um vagalume.
Enfim chego ao cume da montanha; não encontro nada.
Olho para a beira do abismo. É mais profundo do que eu posso suportar.
Diariamente, meus leões me devoram antes que eu possa derrotá-los.
Trilho o caminho que converge na surrealidade.
                                                                - Moreira Duarte

Resenha: A Mão Esquerda de Deus - Paul Hoffman



  A Trilogia A Mão Esquerda de Deus, começa com um livro homônimo e se inicia com o ponto de vista de um dos muitos acólitos do Santuário dos Redentores do Penhasco de Shotover, Thomas Cale, o protagonista da estória, que ninguém especifica sua idade talvez tenha 14 ou talvez 15, tampouco se sabe qual seu nome de verdade, pois todos que chegam ali são rebatizados com os nomes de mártires de Lordes Redentores . 

 Acólitos são nada mais do que crianças que foram levadas muito novas e contra sua vontade ao Santuário com o propósito de se tornarem soldados inigualáveis, chamados de Redentores. Porém, poucos sobrevivem, pois são tratados como escravos. 
No começo da estória, o leitor já é avisado de que não se trata realmente de um Santuário, todos acólitos têm um treinamento rígido, cruel e desumano, em nome do que os Redentores chamam de “Única e Verdadeira Fé”, que se trata de um doutrina baseada nos ensinamentos do Redentor Enforcado que se compara a Jesus Cristo do cristianismo.
    Com o desenrolar da estória, Cale é submetido em várias situações totalmente inusitadas, obrigando-o a tomar decisões demasiadas complicadas para um garoto de sua idade. Em determinado ponto, ele vira um herói, mesmo não sendo essa sua intenção e salva a vida de um ser que nunca vira antes: uma mulher entre os acólitos e Redentores só há homens.
    E é aí que a estória começa de fato. Acompanhado de mais dois acólitos e de sua recém-descoberta, Cale vê a chance de fugir daquele lugar terrível, mesmo não sabendo e não tendo para aonde ir.
Mais uma vez, o inesperado acontece, os quatros são levados a um grande Império, onde conhecem um mundo, que até então estavam impossibilitados de desfrutar.
    Mas seu antigo mentor, Lorde Bosco, jamais permitirá que Cale se desvencilhe do Santuário por completo. O acólito carrega em suas mãos um dom imensurável, que o permite ir da bondade à violência num piscar de olhos. Ele será o Juízo Final.
    Um menino que não é um menino, Thomas Cale é a Fúria Divina encarnada, Thomas Cale é o Anjo da Morte. A Mão Esquerda de Deus.

Um trama repleta de guerra, traição, amor, violência e até mesmo um toque tênue de humor.

Resolvemos que seria a nossa primeira resenha pois se trata de nossa trilogia preferida, a qual nos deixou totalmente atônitos e supreendidos. Não esperavámos que se tratava de uma estória tão envolvente, que nos prende do começo ao fim. A linguagem é peculiar e marcante com uma escrita totalmente inovadora e que não se vê em todos os livros. É uma pena que o autor, Paul Hoffman, tenha tão poucas obras publicadas impossibilitando uma visão mais abrangente de seu trabalho.
Apreciem e divirtam-se muito. Sugerimos que todos leiam.

Boa leitura!

                

 

INFORMAÇÕES ADICIONAIS:

 

 

Sobre o autor:   


 Paul Hoffman passou a maior parte da infância em campos de pouso, vendo seu pai, pioneiro da prática esportiva do paraquedismo, saltar de aviões. Depois de se formar em inglês no New College, em Oxford, teve vários empregos, de professor a administrador de uma casa de apostas e mensageiro de banco. Mais tarde, foi o principal agente de classificação etária do Departamento Britânico de Classificação de Filmes. É o autor de The Wisdom of the Crocodiles e de The Golden Age of Censorship. É também roteirista de cinema. 



Sobre o livro: 

Gênero: Ficção
ISBN: 9788560280537
Lançamento: 09/04/2010
Formato: 16 x 23
Peso: 570 gramas
328 páginas


Quotes:


A solidão é uma coisa maravilhosa por dois motivos. Em primeiro lugar, ele permite que um homem esteja consigo mesmo e, em segundo, evita que ele esteja na companhia dos outros. Ser sociável é uma coisa arriscada. Fatal até, pois significa estar em contato com pessoas. E a maioria delas é idiota, perversa e ignorante, e está com você apenas porque não consegue aguentar a própria companhia.


A vida é uma viagem para gente como eu e você: uma viagem na qual nós nunca sabemos para onde estamos indo. Você vê um novo destino no caminho, depois outro melhor e assim por diante, até o local a que pretendia chegar inicialmente cair no esquecimento. Somos como alquimistas que começam buscando por ouro e, durante o processo, descobrem novos remédios, uma maneira lógica de ordenar as coisas e fogos de artifício: a única coisa que nunca descobrem é ouro!

“Nenhuma notícia é tão boa ou tão ruim quanto parece em um primeiro momento”


A solução para qualquer problema é sempre outro problema.


Sei que você não precisa que eu lhe diga que este mundo é um inferno, porém, tente entender que os homens e as mulheres são, ao mesmo tempo, as Almas atormentadas dele e os demônios que executam esses mesmos tormentos.

Seu nome é Cale.
Disseram a ele que poderia destruir o mundo.
Talvez ele destrua."

Link do Book trailer:


  https://www.youtube.com/watch?v=rEI-QQ54R1M

domingo, 12 de abril de 2015

Estátuas das Emoções

 Na praça da juventude da rua principal, tem um conjunto de estátuas a qual sou apaixonado durante toda a vida.
São cinco as estátuas lindas e únicas. Tem um pequeno menino sorridente e traquino. Uma moça formosa, bela e serena. Um velho rabugento de cara seria e carrancuda. Um rapaz solitário chorando sozinho em lamentos. Um anjo entre eles com um olhar distante a frente, o anjo é lindo, tem forma de mulher bela e radiante com cabelos longos e expressões rígidas.
Durante todos os dias as estátuas enfeitam aquela praça e me encantam por sua beleza. Mas somente eu sei que durante a décima segunda badalada quando a noite se assenta nos céus e a escuridão tomam as ruas, aquelas estátuas ganham vida, conversam, brincam e andam.
Fiquei encantado com aquela magia, lembro-me da primeira vez, observava de longe a transformação, todas elas menos uma.
O rapaz para o choro e de joelhos ele fica, quieto e espantado ele olha atentamente parar a sua frente, a moça faz o mesmo com os olhos calmos, simplesmente faz reverência aquele ser tão majestoso, o menininho empurra o velho que também se senta aos pés daquela última, a única que permanece parada e rígida com o olhar distante a frente. Todas as quatros estão de joelhos perante o ser divino, as estátuas dos sonhos.
Durante todas as noites ganham vida e as gastam olhando para algo que não entendem. Por muitas noites me encaminhei ate a praça da juventude, até então que a juventude não cabia mais em mim.
Agora velho e decrépito entendo o significado da magia, aproveitar a vida que é dada por pouco período de tempo as vezes não é preciso. O anjo não ganhava vida,  não precisava de tal feito, pois no coração dos seres de pedra já lhes bastava o acontecimento.
A vida em busca de algo que não se entende, era isso que as estátuas de pedra transmitiam e foi isso que busquei ate aqui.
A magia dos meus sonhos tão bonitos e juvenis, daquele lindo lugar em que vivia as estátuas das emoções.
                                                                        - Ilian Martins

Sonhos em Cores.

 Tive um sonho azul outro dia, era da cor passiva do céu da manha ate o peso que erradicava seriedade do céu escuro da noite. Meu lindo sonho azul, como a esperança de uma cor serena, o reino que os pássaros habitam, azul dos céus, era a cor do meu sonho...
Já tive um sonho vermelho, como um mar de sangue em uma praia repleta de mortos, como um cálice de vinho feito de insanidade, ao mesmo tempo em que era amor, que esmaga os corações com sua beleza apaixonante, vermelho pulsante, era a cor do meu sonho...
Tive um sonho verde certa vez, como uma floresta inexplorada tão misteriosa e grandiosa, que assusta ao mesmo tempo em que atrai, um verde das plantas e da vida, era a cor do meu sonho...
Hoje eu parei de sonhar, o preto me toma a alma e a esperança, como a escuridão que me leva ao nada, o ausência de cores do triste e vazio, lugar nenhum.
                                                                              - Ilian Martins

A vida

A vida, vista através dos desventurados, é uma constante chuva de torrentes de navalhas, não apenas dilacerando, mas também desintegrando e não deixando nada em pé. Portanto, estes desventurados viverão à base de um milagre, se segurando numa esperança que muitas vezes nem existe.
                                                                   - Moreira Duarte

Algo a Dizer

Siga os "conselhos de um amigo para muitos jovens";
Viva por viver;
Aproveite o ontem e se esqueça do hoje;
Rasgue seus costume;
Coloque um gorro no calor e ande pelado na neve;
Pule de cabeça numa piscina vazia;
Raspe suas sobrancelhas;
Escreva vinte vezes "ansiedade" num pedaço de papel;
Morra por diversão;
Faça cicatrizes bonitas nos seus pulsos;
Ame pouco, odeie bastante;
Seja alienado, e esqueça o significado de sabedoria;
Apague suas lembranças boas;
Tome anti depressivo com coca cola;
Beba álcool apenas por tédio;
Cuspa na cara de seus pais;
Tente ser diferente de todos e acabe sendo só mais um;
Faça tudo isso, e não esqueça se mantenha sempre um adolescente idiota.
                                                                                      - Ilian Martins

A Flor da Vida

 Viajando pelos limites do Universo, indo de um lado a outro, enfrentei seres e criaturas inenarráveis; passei por lugares indefiníveis. Há tempos esqueci o que busco, mesmo assim continuo procurando. Em uma das minha últimas jornadas, encontrei um dos lugares mais lindo que meus olhos tiveram o prazer de contemplar. Um imenso jardim. Tão grande que se perdia da minha visão. Milhares de flores, orquídeas, plantas, etc., que nunca vi, e que, provavelmente ninguém pisara ali. A sua beleza estonteante dava a entender que a predatória humanidade não chegara até lá. O aroma ia do doce perfume ao cheiro amargo de algumas plantas venenosas. Tive o prazer de encontrar flores que se tem em qualquer esquina, assim como também encontrei flores pelas as quais nunca ouvi falar nem nunca vi. De simples rosas vermelhas à excêntricas plantas negras. Qualquer pessoa levaria dias e mais dias para percorrer tudo aquilo, e esse foi o tempo que levei. No fim dessa minha jornada, quando eu achava que tinha visto as flores mais lindas durante o caminho, avistei “a” flor, de longe, como se ela que houvesse me achado. Em pequena quantidade, comparado as outras.
Havia várias fases, uma do lado da outra, começando pela a direita, cada qual adquirindo um tom diferente. Na primeira fase, a flor acabara de desabrochar, suas pétalas azuis tão lindas quando a alvorada fizeram que, mesmo involutariamente, eu abrisse o maior sorriso da minha vida. Ao seu lado, a flor estava na sua fase mais majestosa, branca como a neve, todas as suas petálas no tamanho e brilho máximo. Suas petálas iam caindo, indo do roxo ao cinza, até que no fim presenciei, em uma das flores, a última petála cair e murchar. Todas ao seu redor murcharam junto, como se tivesse um laço entre elas. Uma lágrima percorreu pelo o meu rosto. Me senti um idiota. São apenas flores! Tive vontade de arrancar todas. Mas faltou coragem. Eu não me perdoaria. Assim como várias vezes tive vontade de pegar algumas e levá-las comigo para mostrar ao mundo toda aquela beleza.
Depois de refletir um tempo e quando eu já havia saído daquele lindo jardim, percebi o significado daquela última flor que vi. Ela era como a vida, com várias fases, passando por mudanças constantemente, da beleza da infância até o momento de sua morte. Quando você perdia a cor. Quando aqueles que perdem alguém se vai uma parte de si e murcham junto.
Eu a chamaria, até a hora da minha morte, pois nunca a esqueceria, de Flor da Vida.

                                                                              - Moreira Duarte

Noite

Reflito sobre coisas do meu cotidiano e penso que aquele que nunca enlouqueceu sozinho, em seu quarto, numa madrugada, apreciando a escuridão e se sentindo só, sendo consumido, pelo medo e os anseios da vida, jamais saberá como viver, tenho pena das pessoas que não vêem o mundo da maneiro que eu vejo.
A loucura me serve para isso.
                                                - Ilian Martins

Seguranças de um inseguro

Prefiro ficar preso no meu casulo de vidro
Em vez de abrir minhas asas e voar até o infinito
Prefiro abraçar a solidão, porque sei que ela nunca me fará sentir a dor da perda.
Não quero ouvir o som das suas inúteis palavras, elas serão em vão
Prefiro ganhar conhecimento do que falsos amigos.
Prefiro ascender na impopularidade do que mergulhar na inevitável ignorância
Prefiro sentar e esperar
Ao invés de enfrentar incertezas
Prefiro não viver do que morrer.
                                   - Moreira Duarte

Aqui estamos e daqui não sairemos! Abram as portas.

 Existe milhares de pessoas pensando em seus sonhos diariamente. Algumas delas então fazendo o possível para realizá-los, e nós podemos ser colocado entre tais.
 Ilian Martins e Moreira Duarte, dois jovens escritores no inicio de suas carreiras.
Somos acima de tudo, grandes sonhadores e sabemos que não somos os únicos. O mundo está cheio de outros como nós e precisávamos de alguma maneira para ser encontrados. Muitas pessoas ao nosso redor, dizem que devemos divulgar o que fazemos, nossas ideias e loucuras.
 Então, resolvemos mostrar e saber as opiniões mais diversas e até críticas que nos ajudem.
Criamos então "As Crônicas do Meu Ego Onírico", o lugar onde poderemos publicar nossos textos, e dá voz aos nossos pensamentos e opiniões.
 Colocaremos aqui coisas que nos divertem, escritores que consideramos inspiração, filmes, musicas e acima de tudo, é claro, nossas poesias e projetos.
Permitam que o brilho do Sol bata em sua porta e o luar esgueire-se em sua janela, que nossas palavras possam tomar forma e que nossos pequenos ideais se tornem grandes.
Apertem os cintos e sejam todos bem-vindos, ao nosso pequeno pedaço de utopia.